
Doença de Alzheimer: finalmente uma nova droga?
30 de agosto de 2020
A doença de Alzheimer De 1906 aos nossos dias: Desvendando o enigma
24 de setembro de 2020Em novembro de 1901, o Dr. Alois Alzheimer atendeu uma paciente que havia sido levada pelo marido ao “Asilo para Lunáticos” em Frankfurt, na Alemanha, e fez as seguintes anotações no prontuário:
“O primeiro sintoma que a mulher de 51 anos apresentou foram crises de ciúme do marido. Logo depois, ela desenvolveu uma rápida perda de memória. Ela estava desorientada em sua casa, levava coisas de um lado para o outro e as escondia… Algumas vezes pensava que alguém estava tentando matá-la e começava a chorar alto… No asilo… está completamente desorientada no tempo e no espaço. Algumas vezes, diz que não entende nada e que tudo lhe parece estranho… Sua memória está gravemente prejudicada. Ela nomeia corretamente objetos que lhe são apresentados, mas logo depois ela já esqueceu tudo… Na fala, ela usa umas expressões parafraseadas (“jarra de leite” ao invés de xícara)… Ela não lembra mais como se usam alguns objetos…”
Quando essa paciente faleceu em 1906, o Dr. Alzheimer estudou o seu cérebro e observou a presença de algumas alterações que nunca haviam sido descritas por outros estudiosos. Percebeu então que estava diante de uma doença que ainda não havia sido devidamente estudada. Em reconhecimento ao seu trabalho, o Dr. Emil Kraepelin – chefe de Alzheimer na Universidade de Munique – batizou a doença descoberta de “doença de Alzheimer”.
O sintoma mais comum da doença de Alzheimer é a perda progressiva da capacidade de formar novas memórias. Ou seja, o paciente começa a ter dificuldades de lembrar fatos ou informações recentes. As memórias dos acontecimentos passados são preservadas por um bom tempo. Além das dificuldades de memória, é comum que apareçam dificuldades para nomear objetos conhecidos. O paciente geralmente apresenta também dificuldade para se orientar no tempo. Pode começar a se perder em lugares menos conhecidos ou nos arredores de casa. É comum ainda o relato de dificuldades em realizar tarefas que antes sabia fazer muito bem. Alterações do comportamento frequentemente estão presentes (falta de iniciativa, irritabilidade, choro fácil, agressividade, desinibição, delírios, alucinações etc).




