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Um conceito muito importante quando tratamos de doenças que afetam a cognição é a hipótese da Reserva Cognitiva. Em termos simples, a ideia é a seguinte: quanto maior o nível de desempenho cognitivo de uma pessoa, maior será sua capacidade de lidar com a instalação de doenças degenerativas como a doença de Alzheimer, mantendo sua capacidade funcional por mais tempo. Ou seja, o sujeito conseguirá resistir ao avanço da doença e retardar o início dos sintomas por mais tempo.
Desde que foi formalmente proposto em 2002, vários estudos exploraram o modelo e deram suporte a hipótese da reserva cognitiva. No início deste ano, um estudo conduzido na Universidade de Florença trouxe mais luz ao assunto. Os pesquisadores observaram que uma reserva cognitiva mais alta era capaz de reduzir o risco de progressão das queixas cognitivas, confirmando achados prévios. Mais do que isso, observaram que uma reserva cognitiva mais alta também era capaz de retardar o início do comprometimento cognitivo em cerca de 9 anos.
Do ponto de vista prático, então, o que podemos fazer para aumentar nossa reserva cognitiva?
Para responder esta pergunta, precisamos considerar 3 fatores que parecem essenciais:
- O número de anos de estudo;
- O tipo de atividade profissional;
- E as atividades de lazer habituais.
Um maior número de anos de estudo está associado a uma maior reserva cognitiva. Do mesmo modo, exercer uma atividade profissional que demande mais demande mais da nossa cognição também. Por fim, ocupar parte do tempo livre com atividades que desafiem o cérebro a aprender novos conteúdos e novas estratégias também parece ser fundamental para aumentar a reserva cognitiva.
Naturalmente, além destes, o perfil genético e a nutrição adequada durante todo desenvolvimento do sistema nervoso também são fatores muito importantes. Mais uma vez, a ciência nos dá pistas de onde agir para proteger nosso cérebro.
E então? Você continua estudando? Seu trabalho lhe impulsiona a aprender mais e a se desenvolver? E o seu tempo livre? O que tem feito dele?
