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20 de janeiro de 2020“Comunicar é partilhar com alguém informações, pensamentos, idéias e desejos por meio de códigos comuns”. Envolve universalmente a linguagem falada. Mas também também nos comunicamos através de escrita, sinais das expressões faciais e corporais, olhar e até mesmo pelo silêncio.
Algumas vezes, por diversos motivos, o idoso perde a capacidade de falar. Mas, muitas vezes, a capacidade de entender o que falamos é preservada. Isso acontece, por exemplo, em caso de seqüela de AVC. Já em portadores de Doenças Demenciais Crônicas, como a Doença de Alzheimer, a perda gradativa da capacidade de comunicação envolve falar e entender.
Já mencionamos em diversas outras ocasiões como a Saúde Social afeta as Saúdes Mental e Física. Devemos sempre nos posicionar a favor promoção das condições favoráveis a atividades físicas e mentais, para prolongar ao máximo a capacidade dos idoso para cumprir tarefas sociais e culturais. A capacidade de comunicação é extremamente relevante para que a vida social do idoso seja minimamente preservada.
Assim, torna-se muito importante falarmos um pouco sobre como se comunicar com os idosos. Principalmente, em como manter uma comunicação mais saudável e eficiente possível, independentemente das patologias associadas.
Algumas dicas de comunicação para quem cuida de idosos com algum grau de dificuldade de linguagem falada são:
- Usar frases curtas e objetivas;
- Repetir a mensagem através de palavras diferentes caso haja dificuldade de interpretação. Por exemplo: se “Precisamos comprar pão para o lanche da tarde” não foi entendido, pergunte “Vamos até a padaria?”;
- Falar abertamente, em frente ao idoso, sem esconder a boca. Não sair da frente do idoso enquanto fala;
- Manter um volume de fala audível para o idoso e evitar outros barulhos e ruídos que possam atrapalhar a audição;
- Não interrompa o idoso quando ele está falando. Principalmente, para os que estão enfrentando alguma dificuldade de expressão por linguagem falada;
- Evitar a infantilização, principalmente quando estamos falando com um idoso lúcido, com suas capacidades mentais preservadas (mesmo com dificuldades de se expressar);
- Pode-se usar a linguagem escrita quando possível e necessário;
- Não esqueça que toques físicos como abraços, dar as mãos, etc fazem parte da comunicação afetiva.